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VALORES EM TEMPOS DE PANDEMIA

No mundo organizacional usualmente reproduzimos um modelo nada eficaz que nos conduz a um comportamento que resulta muito pouco a nosso favor: ao nos relacionarmos com os outros buscamos atender às expectativas da cultura dominante naquela organização.

Isso, dentre outras coisas, faz com que declaremos valores que nem sempre são colocados em prática mas que, se não confrontados, seguem nos fazendo bem ao lermos bonitas palavras no quadro de missão e valores da organização, por exemplo.

Só que situações extremas – e vivemos uma neste momento – trazem subitamente necessidade de ação. E essa é uma excelente oportunidade para checarmos se os valores que pregamos são realmente os que nos guiam, ou seja, se o que pauta nossas ações é mesmo aquilo que escrevemos no quadro. E, se não é, hora de nos darmos conta disso e sermos mais honestos, acima de tudo, com a gente mesmo!

Quais são os valores da sua organização?

O quanto eles estão norteando suas ações agora?⠀

A partir do que você vem aprendendo com a pandemia, você manteria esses mesmos valores como os primordiais ou há mudanças a fazer?

Ao decidir mudá-los, de quais você não abre mão em hipótese alguma?

Não são perguntas fáceis de serem respondidas. E há uma razão muito especial pra isso: não estamos habilitados a ter clareza do que realmente é importante. Sem saber essa resposta é impossível fazer escolhas que não sejam apenas reativas a alguma demanda do que está “na moda” ou do que está sendo bem visto pelos outros.

Nada mais desonesto com o ser humano que somos. Nada mais incoerente com esse momento de reflexão a que essa crise nos convida.

Não creio que dessa pandemia sairemos necessariamente melhores. Quem já tiver caminhado o suficiente (e isso não é facilmente mensurável) verá um ser mais maduro e coerente surgindo em si mesmo; quem estiver nos primeiros passos talvez apenas retorne ao ponto de onde parou quando precisou se isolar ou se proteger. E está bem assim. Não tenho a intenção de definir o caminho para ninguém. Mas sim, intencionalmente, o movimento de provocar você, que lê este texto, a buscar em si a coerência entre aquilo que pensa e sente para, então, atuar a partir dessa coerência.

O que sua organização ganha com isso? Uma coerência que auxilia a integração dos colaboradores e a confiança de seus clientes por assumir uma postura geradora de credibilidade. E o que você ganha com isso? A paz, a ausência de conflito interno, o apoio de sua própria integridade, somente obtida por aqueles com a coragem de olhar pra dentro e tocar o que tem de humano em si mesmos!

SÔNIA BRAGA

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